quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

País tem má distribuição de médicos, diz pesquisa

País tem má distribuição de médicos, diz pesquisa

Terça-feira, 19 de fevereiro de 2013




Recife é a 11ª em número de profissionais por habitantes

Elza Fiúza/ABr ESPECIALISTAS são maioria nas regiões Sudeste e Sul, segundo ranking

BRASÍLIA (AG/ABr/Folhapress) - O número de médicos no Brasil vem crescendo ao longo das últimas décadas, mas eles ainda estão mal distribuídos, com uma concentração maior de profissionais nos grandes centros, nas regiões mais ricas e na rede privada de saúde. Segundo registros dos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs), o número de médicos no Brasil chegou a 388.015 em outubro de 2012, o que dá dois profissionais para cada mil brasileiros. Essa razão era de 1,15 em 1980 e de 1,91 em 2010. As conclusões são do segundo volume da pesquisa "Demografia Médica no Brasil: cenários e indicadores de distribuição", do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), divulgada ontem.

O Sudeste lidera o ranking com 2,67 profissionais por mil habitantes, seguido pelo Sul, com 2,09, e pelo Centro-Oeste, com 2,05. Já no Nordeste obteve índice de 1,23 e o Norte, 1,01. Recife é a quinta colocada em número de profissionais, possui 6,27 médicos para cada mil habitantes. A Capital pernambucana ficou à frente do Rio de Janeiro, que ocupa o 6º lugar no ranking, e até mesmo de São Paulo, que ficou em 11º. Quando o cálculo toma por base o número de médicos proporcionalmente ao número de habitantes, a colocação da capital pernambucana, no entanto, cai para 11º, com 1,57 médicos por mil habitantes. O índice deixou o Recife abaixo da média nacional, mas manteve a Cidade em primeiro lugar na região Nordeste.

A publicação coincide com a polêmica discussão em torno da facilitação da revalidação do diploma de médicos formados no exterior, que está sendo estudada pelo Governo Federal e é defendida pela Frente Nacional de Prefeitos e pela Associação Brasileira de Municípios. O objetivo é atrair médicos para atender em regiões onde há carência desse tipo de profissional. A proposta é repudiada pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e, segundo a pesquisa, não vai resolver o problema. O estudo indica ainda que a ideia de instalar cursos de Medicina onde há carência de médicos também não atingirá seu objetivo. De forma geral, os formados optam pelo trabalho nas capitais e cidades mais ricas.

Fonte: Folha de Pernambuco/PE

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